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Com curadoria de Rebeca Dues acontece nesta quinta (31 de janeiro), na Homegrown a exposição Tropicaos, produzida por um dos principais expoentes do Graffiti e da arte urbana no Brasil, Onio.
Na ocasião, o artista, que expõe na 2º Bienal Internacional de Grafite Fine Art em São Paulo apenas uma semana antes, apresenta uma série de desenhos exclusivos feitas em guache, acrílica e nanquim sobre papel, além de gravuras em silkscreen/fineart e um fanzine produzido na cidade durante sua estadia. As obras terão diferentes formatos, que variam de 30x40 a 50x70cms /A5/A3. Em uma nova fase de experimentação, Onio está criando desenhos com forte influencia e estética de quadrinhos e ficção científica, onde narrativas abstratas se misturam ao seu maquinário impossível. Será a primeira exposição individual do artista no Rio e a parceria com a loja se consolida ao cruzar os universos urbanos da moda e da arte, no mesmo espaço.
Onio nasceu em Brasília e atualmente mora em São Paulo. As intervenções e experiências na cidade como grafiteiro (que segue a tradição de escrever seu nome na parede com spray) são destiladas em sua pintura no atelier realizada com pincel sobre tela, em outro ritmo e densidade. Para o artista, são dois campos de atuação distintos, mas definitivamente complementares. As tubulações orgânicas, aglomerações urbanas e maquinários impossíveis que compõem o emaranhado gráfico de sua obra, são originados de um processo de pintura ou desenho obsessivo que o artista costuma chamar de “infinitografia”.
Em suas obras, Onio explora uma grande variedade de cores para preencher contornos abstratos ou figurativos, lidando principalmente com a iconografia inocente do graffiti que foi “pasteurizada” pela indústria do entretenimento nos anos 80 e 90, buscando cada vez mais um estilo solido e original. Atualmente é representado pela galeria Logo.
http://oniolands.tumblr.com/
Serviço:
Exposição: Tropicaos– por Onio
Data: 31/01/13 (quinta) ao dia 20/02/13
Horário: Abertura - 18h às 22h / Visitação – 10h às 20h, segunda a sexta , 12h às 18h aos sábados
Endereço: Rua Maria Quitéria 68 sobreloja Ipanema/Rj - 2513-2160
Assessoria de Imprensa: Julia Ryff – juliaryff@gmail.com – 9328 4771
Aberta a exposição Borderless com o peruano Alejandro Saavedra na nossa galeria.
Todos são bem vindos.
Runs: 10jan - 30jan
Seg a sexta, 10 as 20h / sábado, 12 as 18h
*fotos da vernissage no nosso fb: www.facebook.com/homegrownrj
Dia 10 JANEIRO na nossa galeria, a partir das 18h.
Na próxima quinta feira dia 10 de janeiro, o peruano Alejandro Saavedra estará abrindo o calendário de exposições 2013 da Galeria Homegrown com a exposição Borderless e suas obras que transitam entre a realidade e a fantasia.
"Por um longo período durante a História da Arte, o valor de uma obra esteve atrelado à fidelidade com que ela representava o real. Esse critério de valoração estética só começa a ser superado, visivelmente, a partir de movimentos que trazem para a Arte a matéria diáfana do sonho e da fantasia, como o Surrealismo. Só então o artista se torna livre da obrigatoriedade de representar o mundo exterior. Ao pintor, dentre os artistas talvez o mais beneficiado por essa libertação, abre-se então outra dimensão de criação, muito mais fértil à representação e ao fantástico do que as amarras da realidade jamais permitiram.
Essa é a direção do portentoso trabalho de Alejandro Saavedra em sua exposição Borderless. Suas obras, plasmadas a partir da matéria informe da (in)consciência, vão-se situar também no entre-espaço entre a realidade e a fantasia. Por entre as muitas formas que perfazem cada uma de suas telas o que se vê, na verdade, é a multiplicidade e o pulsar da mente em si: simulacro do real com sua coerência inquebrável, mas ao mesmo tempo aberta à infinita possibilidade do sonho, à experimentação do que há de mais inominável dentro do eu. Ao romper o limite entre o que há dentro e fora do indivíduo, o artista acaba por desnudar a função mais catártica da arte: diminuir ao máximo a distância entre o eu, todo interioridade, e o mundo, que lhe é externo e estranho.
A experiência estética que o espectador pode prever desta exposição é outra, portanto, que não aquela nascida do reconhecimento do real mimetizado. Mais profundo que isso, suas imagens vão tocar o indivíduo que as contempla exatamente no reconhecimento do que se movimenta não fora, mas dentro dele: homem, macaco e touro, animal irracional e ser pensante, tudo a um só tempo. E na simultaneidade do que se desdobra dentro do ser, pelas mãos do artista peruano, a interioridade se sublima em beleza e renasce, para o fruidor que a vê, como prazer estético."
Texto escrito por:
Diego Diniz é atualmente bolsista, pela CAPES, do curso de Mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É bacharel e licenciado nas Línguas Portuguesa e Italiana, bem como em suas respectivas literaturas, pela mesma Instituição.